Cinco livros para entender e se engajar na luta antirracista
Cinco livros para quem quer compreender o racismo na história brasileira e se engajar na luta antirracista.
Os cinco livros a seguir são recomendados para quem quer compreender o racismo na história brasileira e suas manifestações na vida cotidiana das pessoas negras. E, como consequência, para compreender e se engajar na luta antirracista.
Além disso, as indicações incluem títulos para pessoas brancas compreenderem e assumirem sua responsabilidade na luta antirracista.
As obras a seguir são recomendadas por Viviane Soranso, coordenadora do Programa de Raça e Gênero da Fundação Tide Setubal. Desse modo, conheça e comece suas leituras para se engajar na luta antirracista!
Racismo no Brasil: Questões para Psicanalistas Brasileiros, de Maria Lucia da Silva
Esta obra nos ajuda a compreender como o racismo se manifesta em nossa sociedade e como podemos trabalhar para superá-lo. Importante contribuição para o debate sobre o racismo no Brasil, este livro deve ser lido por todas as pessoas interessadas em promover a justiça social. Idem a igualdade de direitos para todas as pessoas, independentemente de sua cor de pele.
A Cor do Inconsciente: Significações do Corpo Negro, de Isildinha Baptista Nogueira
A obra de Isildinha Baptista Nogueira nos ajuda a compreender como o racismo afeta o subjetivo das pessoas negras. Sendo assim, também na construção da imagem do corpo negro na sociedade brasileira pode influenciar a autoestima e a identidade das pessoas negras.
Nesse sentido, o livro traz uma importante reflexão sobre a negritude e a afirmação da cultura negra, mostrando a importância da valorização e do reconhecimento da história e da cultura afro-brasileira.
Memórias da plantação: Episódios de racismo cotidiano, de Grada Kilomba
A obra de Grada Kilomnba, escritora, teórica e artista, reúne contos que revelam a complexidade do racismo e como ele se manifesta de forma estrutural e cotidiana. A obra é fundamental para quem deseja refletir sobre o papel do racismo na sociedade atual.
Além disso, Grada Kilomba é curadora da 35ª Bienal de São Paulo.
O Pacto da Branquitude, de Cida Bento
Em uma obra acessível e de fácil compreensão, Cida Bento traça um panorama sobre a ideologia da branquitude e sua ação cotidiana que perpetua a exclusão social e a desigualdade racial em diferentes espaços da sociedade brasileira, mas principalmente na concentração de poder entre as pessoas brancas.
Não basta não ser racista: Sejamos Antirracistas, de Robin Diangelo
Em sua obra, Robin Diangelo apresenta o conceito de fragilidade branca e debate como a negação do racismo perpetuado pelos brancos em atitudes do cotidiano mantém posições de privilégio e desigualdades. Dessa maneira, em seus estudos, Diangelo catalogou frases, palavras e sentimentos de voluntários que se veem sem qualquer preconceito e demonstrou que, no fundo, ele estava lá. Desse modo, sua proposta é que todos comecem a ouvir melhor, estabeleçam conversas mais honestas e reajam a críticas com educação e tentando se colocar no lugar do outro. Por fim, o livro ocupa as primeiras posições das listas de livros mais vendidos do mundo desde seu lançamento.
Foto: José Cícero / DiCampana Foto Coletivo