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Nova temporada da série ‘Caminhos pela Equidade Racial’ destaca o papel de lideranças brancas na pauta

Programas de influência

29 de agosto de 2024
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Lideranças brancas mostrando a urgência de todas as esferas da sociedade envolverem-se ativamente no plano coletivo em favor da equidade racial. Esse é o ponto de partida da nova temporada da websérie Caminhos pela Equidade Racial, projeto produzido pela Fundação Tide Setubal por meio da Plataforma Alas.

 

Com três episódios, a série aborda dimensões diversas e abrangentes referentes a esse tema. Desse modo, os temas passaram pelo papel de lideranças no campo do Investimento Social Privado (ISP), de empresas e das escolas na luta antirracista.

 

Um dos aspectos centrais na condução dos episódios da nova temporada da websérie Caminhos pela Equidade Racial passa pelo modo como o racismo estrutura as relações sociais e a organização de todos os espaços, inclusive os de poder e de decisão. Nesse sentido, Sueli Carneiro, filósofa e ativista, coordenadora executiva do Geledés – Instituto da Mulher Negra, destaca o processo histórico de produção das desigualdades.

 

“Optou-se, neste país, pela desigualdade, pela violência como forma de administração de conflito e por excluir um tipo de população”, reforça, ao destacar como essa lógica evidencia que um determinado grupo demográfico sofreu diversas modalidades de negligência na promoção de direitos.

 

Caminhos multidisciplinares

Os três episódios da nova temporada da websérie Caminhos pela Equidade Racial contam com apresentação da jornalista Adriana Couto, que também intermedeia os diálogos entre as pessoas participantes.

 

Assim sendo, a primeira mesa aborda as potencialidades do Investimento Social Privado (ISP) como instrumento antirracista. Participam do episódio:

 

  1. Sueli Carneiro, filósofa e ativista, coordenadora executiva do Geledés – Instituto da Mulher Negra;
  2. Inês Lafer, fundadora do Confluentes, diretora do Instituto Betty e Jacob Lafer e presidente do conselho do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife);
  3. Maria Alice Setubal, presidente do Conselho Curador da Fundação Tide Setubal.

 

Já o segundo episódio, que passa por dimensões sobre a responsabilidade social no setor privado, ao focar em compromissos e iniciativas empresariais no enfrentamento ao racismo, teve presenças de:

 

  1. Carla Crippa, vice-presidente de Relações Corporativas da Cervejaria Ambev;
  2. Guibson Trindade, cofundador e gerente executivo da Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial;
  3. Theo Van Der Loo, investidor e conselheiro da Grüne Labs;
  4. Fabio Alperowitch, fundador e CIO da fama re.capital.

 

Já a terceira parte da websérie Caminhos pela Equidade Racial retratou, enfim, o papel estratégico da educação antirracista, ao destacar as possibilidades e desafios no ensino brasileiro. Assim sendo, participaram:

 

  1. Bruna Arruda, embaixadora da Comissão de Diversidade, Equidade e Inclusão do Insper;
  2. Rosemary Segurado, professora na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP);
  3. Nicole Carnizelo, diretora executiva da Associação Santa Plural.

 

Abordagens plurais pela equidade racial

Ao colocar em perspectiva aspectos estruturais de espaços decisórios e de formação de sujeitos, a websérie Caminhos pela Equidade Racial convida o público espectador à reflexão e à ação. Nesse contexto, Maria Alice Setubal destaca o papel da intencionalidade no apoio à pauta antirracista – inclusive quando se fala no ISP. Isso passa, inclusive, por estruturar um comitê de diversidade dentro da organização.

 

“O comitê trará vários aspectos importantes para se olhar e [criar] uma política de diversidade com tem olhar para dentro e para fora”, pondera a presidente do Conselho Curador da Fundação Tide Setubal. “Há vários aspectos nos quais fazer uma política de diversidade dará as direções segundo as quais uma organização poderá lidar. É isso o que falo quando penso em transversalidade da política de equidade racial.”

 

Ao mesmo tempo em que falar em estratégias como a criação de comitê e política de diversidade remete ao letramento racial, essa lógica é inescapável quando se fala na educação. Guibson Trindade destaca como a estrutura educacional no Brasil perpetua vieses excludentes e induz pessoas negras a se verem como incapazes de alcançar postos decisórios.

 

“A educação brasileira é também algo que precisa ser discutido – e as empresas precisam incentivá-la a ser mais inclusiva. Elas também têm poder para cobrar pautas de educação antirracista, assim como começar a cobrar por políticas públicas que repensem o modelo de educação atual”, reforça o cofundador e gerente executivo da Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial.

 

Por fim, Bruna Arruda destaca a importância de cada pessoa responsabilizar-se pela efetividade da luta antirracista. “Se pararmos para fazer a nossa avaliação e tentarmos nos desconstruir enquanto cidadãs, conseguiremos uma justiça social mais fluida e com maior naturalidade. Não podemos normalizar as ausências nos ambientes, mas entendo que temos de trazer para nós a responsabilidade.”

 

Para assistir, ouvir e maratonar

Confira os três episódios da websérie Caminhos pela Equidade Racial no Enfrente, canal da Fundação Tide Setubal no YouTube. Você pode ouvi-los também no Spotify, no canal Série Caminhos.

 

 

 

 

Veja também como foi o evento Plataforma Alas em Debate, que marcou o lançamento da série, em 21 de agosto, nas duas reportagens a seguir:

 

+ Plataforma Alas em Debate promove chamado à responsabilidade na luta pela equidade racial

 

+ Por um plano coletivo em favor do fomento a instituições negras

 

 

 

Texto: Amauri Eugênio Jr. / Imagem: Reprodução / Canal Enfrente


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