• Ir para o conteúdo
  • Ir para o menu
  • Acessibilidade
  • Contato
  • EN
Logo da Fundação Tide Setubal. A imagem ilustra a página sobre metodologias da Fundação Tide Setubal.
  • A Fundação
    • Quem somos
    • Quem foi Tide Setubal
    • História
    • Equipe e conselho
    • Transparência
    • Parcerias
  • Atuação
    • Como atuamos
    • Prática de Desenvolvimento Local
      • Desenvolvimento Humano
      • Desenvolvimento Urbano
      • Desenvolvimento Econômico
    • Fomento a Agentes e Causas
      • Fortalecimento de organizações e lideranças periféricas
      • Apoio à pesquisa
      • Mobilização de ISP e da sociedade civil
      • Projetos apoiados
    • Programas de Influência
      • Lideranças Negras e Oportunidades de Acesso
      • Planejamento e Orçamento Público
      • Cidades e Desenvolvimento Urbano
      • Nova Economia e Desenvolvimento Territorial
      • Democracia e Cidadania Ativa
    • Comunicação
    • Desenvolvimento Organizacional
  • Iniciativas
  • Galpão ZL
    • Galpão ZL
    • Agenda
  • Editais
    • Editais para as periferias
    • Elas Periféricas
      • Elas Periféricas 1
      • Elas Periféricas 2
      • Elas Periféricas 3
      • Elas Periféricas 4
    • Matchfunding Enfrente
    • Edital Traços
    • Territórios Clínicos
      • Edital Territórios Clínicos 2021/2022
      • Edital Territórios Clínicos 2023
  • Em Rede
  • Notícias
  • Conhecimento
    • Artigos
    • Publicações
    • Materiais de Estudo
    • Glossário
  • Imprensa
    • Contato de Imprensa
    • Releases
    • Na mídia
  • Podcast
    • Podcast Essa Geração
      • Temporada 1
      • Temporada 2
      • Temporada 3
      • Temporada 4
      • Temporada 5
      • Temporada 6
      • Temporada 7
    • Podcast Desiguais
    • Podcast Escute as Mais Velhas
  • Contato
  • Acessibilidade
  • EN
Facebook LinkedIn
Home > GalpãoZL > Notícias

Além do que se lê

Texto e foto: Amauri Eugênio Jr.     Realizada durante o Festival do Livro e da Literatura de São Miguel, a roda de conversa Literatura à Flor da Pele: Paulo Colina era muito mais do que um debate sobre representatividade negra na literatura. Mediado pela escritora, poeta, socióloga, educadora e produtora cultural Neide Almeida, o […]

16 de dezembro de 2019

Texto e foto: Amauri Eugênio Jr.

Realizada durante o Festival do Livro e da Literatura de São Miguel, a roda de conversa Literatura à Flor da Pele: Paulo Colina era muito mais do que um debate sobre representatividade negra na literatura. Mediado pela escritora, poeta, socióloga, educadora e produtora cultural Neide Almeida, o bate-papo contou com participações de Marciano Ventura, editor e diretor da Ciclo Contínuo Editorial, e do escritor, pesquisador e jornalista Oswaldo de Camargo, que falaram sobre a vida e obra do escritor e poeta Paulo Colina (1950-1999).

A obra de Colina, marcada por poemas que transitavam com veemência e propriedade entre o lirismo e o engajamento político e sociorracial, passa por uma espécie de releitura. E o momento é oportuno, pois em 2019 foram completados 20 anos de sua morte – se estivesse vivo, o autor completaria 70 anos em 2020. Além disso, ele, que foi autodidata – formou o seu repertório, inclusive no que diz respeito ao idioma por conta própria -, era considerado um intelectual de destaque à época.

De acordo com Ventura, o estilo literário de Colina era marcado pela estética que mesclava objetividade gramatical e complexidade na construção dos poemas escritos por ele. “Por meio da estética, ele consegue comunicar a insatisfação, dores e chagas que a sociedade brasileira insiste em deixar infeccionada e aberta. Por outro lado, ele não subestima o leitor – pelo contrário: ele o superestima -, pois ele é muito exigente na questão do sentido estético e da criação literária. Ele era um poeta muito exigente, mas, ao mesmo tempo, ele conseguia se comunicar com o outro.”

Oswaldo de Camargo tem propriedade para falar sobre a vida e a obra de Paulo Colina, até porque eles foram amigos – os dois formaram, ao lado do autor Abelardo Rodrigues, o grupo de poetas negros conhecido como Triunvirato. O decano da literatura negra considera que a obra de Colina era pautada pela consistência, pelo cuidado lírico dos poemas e pela temática social – vide o verso “a princesa esqueceu-se de assinar as nossas carteiras de trabalho”, presente no poema Pressentimento.

Por diversos motivos relacionados à obra, inclusive o engajamento político, Oswaldo de Camargo acredita que haverá um revival relativo à obra do poeta homenageado. “Acredito que a influência [da obra de Paulo Colina] sobre o jovem de hoje que quer escrever acontecerá quando ler os três livros dele. Apenas um poema dará uma ideia de apenas uma das facetas dele, mas ao ler todos os livros dele – os lados lírico e social, que são muito fortes, assim como o lado negro dele – darão outra dimensão.”

Ainda sobre a parte estética e o engajamento que marcaram a obra de Paulo Colina, Neide Almeida considera que o caráter atual de sua obra convoca o leitor a refletir sobre a permanência de desigualdades sociorraciais e, como consequência, a necessidade de continuar a resistir. “Para além das questões sociais e raciais, Colina falou muito a respeito da experiência de viver em São Paulo, e tematizou as relações amorosas e a solidão. A vida e a obra de Colina nos remetem a pensar sobre o desafio de construir espaços mais consistentes de representatividade, e pensar que sua história e sua obra pouco são conhecidas e acessadas é prova disso.”

Versos ancestrais

No mesmo dia, Neide Almeida realizou apresentação de seu livro Nós: 20 Poemas e uma Oferenda, obra na qual na qual aborda a vivência de uma mulher negra em uma sociedade marcada pelo racismo, na qual procura reconhecer a ancestralidade africana que constituiu a sua identidade. A atividade contou também com roda de conversa com leituras de poemas de Conceição Evaristo e Beatriz Nascimento, da qual participou também a atriz e cantora Mariana Per.

Ao falar sobre a sua obra, Almeida considera que a literatura tem potencial importante para ser possível conhecer, reconhecer e valorizar a ancestralidade, uma vez que a presença de tais aspectos em um texto pode afetar o leitor de modo ímpar – o que remete ao debate sobre representatividade. “Para isso [um texto afetar o leitor de modo singular], é preciso, reaprender a ler e olhar para essa produção com outras lentes que não aquelas deformadas pelo eurocentrismo. Precisamos buscar, compreender e ampliar nossa formação a partir de outras epistemes [conhecimentos]. Caso contrário, correremos o risco de pensar a ancestralidade como um conceito vazio, frouxo ou mesmo deturpado”, completa.

Quem foi Paulo Colina?

Nascido em Colina, no interior de São Paulo, em 1950, o poeta Paulo Eduardo de Oliveira (Paulo Colina) foi também um dos idealizadores do projeto Cadernos Negros, cuja primeira edição foi lançada em 1978 – posteriormente, passaria a ser editado pelo coletivo Quilombhoje Literatura.

Paulo Colina foi também tradutor e o seu trabalho na área pode ser destacado por meio das obras Anotações para Minha Aula Sobre Joyce: Ulysses – Notes From Here to my Joyce Class e Poemas de Wole Soyinka, assim como da tradução de obras do poeta japonês Takuboku Ishikawa. Além disso, ele chegou a aventurar-se pela música e teatro. O artista faleceu aos 49 anos, em 8 de outubro de 1999.

Receba conteúdos novos periodicamente

Conteúdos relevantes no seu e-mail

Palavras Chaves

  • Festival do Livro e da Literatura de São Miguel

Você também pode gostar

PROGRAMAS DE INFLUêNCIA

Fundação Tide Setubal apresenta Plano de Bairro em seminário no Equador

De Fundação Setubal 16 de abril de 2018

PROGRAMAS DE INFLUêNCIA

Desigualdades estruturais ainda promovem o silencimento de negros, mulheres e periféricos no Brasil

De Fundação Setubal 10 de julho de 2019

PROGRAMAS DE INFLUêNCIA

Fundação Tide Setubal participa da 1ª Mostra Gife de Inovação Social

De Fundação Setubal 30 de setembro de 2019

Voltar a pagina inicial Voltar à página inicial Voltar ao topo Voltar ao topo
Fundação Tide Logo Rodapé Mobile Fundação Tide Logo Rodapé desktop
R. Jerônimo da Veiga, 164, 13° andar 04536-000 | São Paulo | SP Brasil
Telefone: (11) 3168-3655
  • ícone do facebook rodapé
  • ícone do instagram rodapé
  • ícone do linkedin rodapé
  • ícone do youtube rodapé
Fechar mapa do site

A Fundação

  • Quem somos
  • Quem foi Tide Setubal
  • História
  • Equipe e conselho
  • Transparência
  • Parcerias

Iniciativas

Galpão ZL

  • Galpão ZL
  • Agenda

Editais

  • Editais
  • Elas Periféricas
  • Matchfunding Enfrente
  • Traços

Atuação

  • Como atuamos
  • Prática de Desenvolvimento Local
    • Desenvolvimento Humano
    • Desenvolvimento Urbano
    • Desenvolvimento Econômico
  • Fomento a Agentes e Causas
    • Fortalecimento de organizações e lideranças periféricas
    • Apoio à pesquisa
    • Mobilização de ISP e da sociedade civil
    • Projetos apoiados
  • Programas de influência
    • Lideranças Negras e Oportunidades de Acesso
    • Planejamento e Orçamento público
    • Cidades e desenvolvimento urbano
    • Nova economia e desenvolvimento territorial
    • Democracia e cidadania ativa

Fundação em rede

Notícias

Conhecimento

  • Publicações
  • Artigos
  • Materiais de estudo

Imprensa

  • Contato de Imprensa
  • Releases
  • Na mídia

Contato

  • Ícone Facebook Rodapé
  • Ícone instagram Rodapé
  • Ícone linkedin Rodapé
  • Ícone youtube Rodapé
© Copyright 2025. Fundação Tide Setubal. Política de privacidade.
Desenvolvido por Espiral Interativa Link Externo

Nós utilizamos cookies para melhorar a experiência de usuários e usuárias que navegam por nosso site.
Ao clicar em "Aceitar todos os cookies", você estará concordando com esse armazenamento no seu dispositivo.
Para conferir como cuidamos de seus dados e privacidade, acesse a nossa Política de Privacidade.

Aceito o uso de cookies