Fundação Tide Setubal
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Alunos e professores protagonizam diversas atrações

@Comunicacao

30 de novembro de 2012
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Eram 9 horas da manhã de 8 de novembro de 2012 quando dezenas de crianças organizaram os equipamentos de transmissão radiofônica na praça Morumbizinho, em São Miguel Paulista. A dois quarteirões dali, a coordenadora geral da Fundação Tide Setubal se preparava para abrir oficialmente a programação do Festival do Livro e da Literatura de 2012, anunciando a palestra de Pedro Bandeira, prestigiado escritor de literatura infantojuvenil. Na verdade, os dois eventos tinham a mesma missão: dar início ao maior festival literário da zona leste. O da praça, porém, introduziu à festa a participação ativa de sete escolas de São Miguel.

 

Estimuladas pela Fundação Tide Setubal, participaram as EMEFs Antonio Carlos de Andrada e Silva, Armando Cridey Righetti, Caucásica, Dom Paulo Rolim, José Honório Rodrigues, além da EE Reverendo Urbano de Oliveira Pinto e CEU Três Pontes. Todas se prepararam com antecedência para as exposições públicas. Na rádio de rua, estavam alunos da José Honório e da Reverendo Urbano. Eles mesmos elaboraram seus roteiros e cuidaram de colocá-los no ar. O tema: produção literária de professores e de escritores da região.

 

Essa prática da rádio foi adquirida por meio da parceria com o Programa Jovem Comunica, mantido pelo Núcleo de Comunicação Comunitária (NCC), da Fundação Tide Setubal, com instituições de ensino do bairro. “Desde o início do ano, vínhamos trabalhando a produção de textos, audiovisuais e programas de rádio, abordando questões locais, citadinas, dentro do que chamamos de ‘habitar é comunicar’. Esse processo ajudou a aquecer as escolas para o festival”, explica José Luiz Adeve, o Cometa, coordenador do NCC.

 

 

Mais horizontes

 

Roberta Villa, docente de língua portuguesa da José Honório, foi uma das entrevistadas na rádio de rua na Morumbizinho. Ela falou sobre o processo criativo de seu livro Poesias de auto ajuda. “O programa de rádio está no projeto pedagógico da nossa escola. Durante o ano, cada professor leva para sua disciplina temáticas para serem discutidas no âmbito da cidadania, diversidade, sustentabilidade e inclusão”, explica.

 

A professora também destacou a importância da primeira experiência dos alunos de falar em um espaço público: “Sem dúvida, ampliou o horizonte de todos.” Sua colega de profissão, Vera Lúcia Agra, concorda: “Eles são pró-ativos, criativos e independentes; querem esse tipo de desafio. E isso desenvolve o espírito de equipe, o trabalho em grupo, a troca de saberes”. Eduardo Santana dos Santos, de 14 anos, sentiu um friozinho na barriga na entrada ao vivo, no meio da praça. “Na hora, resolvi improvisar: mostrei o livro da professora Roberta para o público, disse que custava 20 reais e que quem comprasse ali, ganharia um autógrafo dela. Foi muito diferente falar para pessoas que não conheço.”

 

Depois da rádio, um sarau realizado no mesmo local juntou alunos da Reverendo Urbano e da Dom Paulo Rolim. Eles leram textos e convidaram a plateia a participar. Eduardo de Oliveira Souza, de 14 anos, atuou na rádio e no sarau. “Fiquei nervoso porque foi minha primeira vez na locução. Sempre cuido de colocar músicas. Gosto de escrever também. Então, respirei fundo e deixei tudo rolar.”

 

 

Relação das atividades das escolas

 

Abertos os trabalhos, as escolas soltaram a criatividade nos dois dias do Festival do Livro e da Literatura de 2012. Veja o resumo a seguir.

 

  1. A EMEF Antonio Carlos Andrada mobilizou várias turmas para apresentações de dança de salão, mini sarau, distribuição de bexigas com poesias e “goles literários” (mini garrafinhas pet com trechos de poesias), no Galpão de Cultura e Cidadania do Jd. Lapenna.
  2. A EMEF Armando Cridey Righetti foi à estação Itaim Paulista da CPTM, onde seus alunos de mediação de leitura leram textos para os transeuntes e distribuíram o livro Nossos Autores, criação coletiva de estudantes e professores. O grupo também fez leituras para os clientes de estabelecimentos comerciais no entorno da escola.
  3. A EMEF Caucásia reuniu sua comunidade para ler, no Sítio Mirim, um manifesto de preservação do local, relíquia histórica do século 17, situada em São Miguel.
  4. O CEU Três Pontes criou versão sonora para fanzines com temática afro produzidos pelos alunos, os chamados audiozines. Do lado de fora da escola, a equipe da biblioteca fez mediação de leitura.
  5. A EMEF Dom Paulo Rolim também levou para o Galpão o espetáculo Eu Danço…Você Literatura, unindo coreografias baseadas na obra de Monteiro Lobato e nas personagens femininas de Jorge Amado.
  6. A EMEF José Honório Rodrigues promoveu uma grande programação temática sobre literatura negra, com atividades culturais na própria escola e no CDC Vila Curuçá, onde estavam presentes as autoras Luana Antunes Costa e Nirlene Nepomuceno.

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