Fundação Tide Setubal
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Metodologia de trabalho é compartilhada com instituições parceiras

@Comunicacao

27 de abril de 2009
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Avaliar, sistematizar e disponibilizar resultados e conhecimentos gerados pelas experiências desenvolvidas é um dos objetivos da Fundação Tide Setubal. Alinhado a essa proposta, o projeto Espaço Jovem iniciou em 2007 uma relação de parceria com a Escola Dom Paulo Rolim que abriu suas portas para compartilhar metodologia, trocar experiência e aprender conjuntamente sobre os desafios de apoiar o jovem nessa fase de tantas questões.

 

Sexualidade, relações familiares, mundo do trabalho, cidadania, diversidade, identidade e drogas são temas que norteiam as atividades e as discussões dos grupos que tem por objetivo estimular a autonomia e a construção de um projeto de vida, além disso, oferece informações, com as vivências num coletivo, a fim de ajudar o adolescente a ter mais elementos para agir e fazer escolhas.

 

Tudo começou em 2007, com apenas dois grupos, com aproximadamente 20 alunos, coordenados por profissionais da Fundação Tide Setubal. No ano de 2008, o projeto foi ampliado, mantendo os dois grupos de trabalho com os jovens, mas, com uma relação mais próxima com os professores. Durante o JEI (Jornada Especial Integral), que acontecem a cada 15 dias, os profissionais da Fundação e os professores conversavam sobre conceitos e metodologias de trabalho, sempre fazendo pontes com o cotidiano escola, buscando soluções que promovessem a integração entre os jovens e os professores.

 

No final desse mesmo ano, a Fundação transformou sua metodologia no livro Mundo Jovem: desafios e possibilidades. Esse material ampliou as possibilidades de intercâmbio com a Escola, no ano seguinte.

 

Em 2009, a parceria ganhou força. Além dos dois grupos, com aproximadamente 20 alunos cada, coordenados por profissionais da Fundação, a escola passou a oferecer mais um grupo coordenado por três professoras da equipe da Escola Dom Paulo Rolim.

 

A novidade foi bem recebida pelos alunos, que freqüentam o grupo no período noturno. Para as professoras, a experiência tem gerado boas expectativas “È muito importante trabalhar com os alunos fora do contexto escolar. Acredito que temos que oferecer coisas diferentes. Tenho apenas uma aula por semana com eles e fica um distanciamento. O Espaço Jovem ajuda na aproximação, posso conhecê-los mais e é a oportunidade deles me conhecerem também”, explica Maria Valéria Justino Vera, uma das professoras participantes do grupo.

 

Para a professora Érica Andrade Martins, o maior desafio é mudar a maneira que os alunos as enxergam. ”Quero que eles me vejam como uma pessoa que está com eles no grupo, alguém que pode orientá-los, descobrir coisas novas e também aprender com eles” Sobre a importância do projeto, ela destaca: “o projeto auxilia na formação do jovem como pessoa. Como não ficamos presos as disciplinas, podemos construir uma relação e esse fortalecimento é fundamental”.

 

Elas já observam uma mudança de comportamento dos alunos. “Como em nossos encontros os grupo de alunos é menor do que nas aulas diárias, conseguimos desenvolver melhor os temas, inclusive os alunos participantes já se tornaram multiplicadores, conversam com os colegas de sala sobre o que descobriram durante os encontros”, finaliza Maria Claudia Moreira, uma das professoras responsáveis pelo projeto na escola.

 

 

Parceria com ONGs de São Miguel

 

Com a sistematização da metodologia no livro Mundo Jovem: desafios e possibilidades, lançado em novembro de 2008, a disseminação também chegou à organizações não-governamentais da região de São Miguel Paulista. Participam desse intercâmbio o ACAS – Assistência Comunitária de Ação Social, a Associação Nova União da Arte (NUA), o Movimento de Orientação à Criança e ao Adolescente (M.O.C.A), o Centro de Educação Popular Nossa Sra. Aparecida, Instituto Alana e recentemente passou a integrar o grupo CEU São Carlos.

 

Os encontros acontecem mensalmente, com duração de duas horas e estão divididos em dois momentos. No primeiro momento são apresentadas as concepções teóricas de cada tema como, identidade, sexualidade, drogas, famílias e outros temas abordados com os jovens. No segundo momento, são abordados temas específicos da metodologia aplicada pela Fundação, com jovens de 12 a 18 anos, como oficinas lúdicos-educativas e trabalhos em grupo. Todo o processo de aplicação da metodologia é preparado e avaliado pelos participantes. São organizadas as oficinas e a cada novo encontro são apresentados os resultados obtidos com os jovens e as necessidades de adaptações.

 

Refletir junto com outras pessoas que trabalham com os jovens é um dos grandes elementos dessa experiência na avaliação de Patrícia Freire, coordenadora da Associação Nova União da Arte (NUA), “Por meio dessas trocas, a gente pode desenvolver um trabalho mais sistematizado. As publicações nos oferecem informações que podemos adaptar para a realidade da ONG”. Segundo Patrícia, é muito importante esse espaço de discussão. “É uma oportunidade para falarmos sobre as nossas dificuldades, desafios e êxitos”.


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