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Microfone aberto à cidadania

O Galpão ZL recebeu, durante a realização do Festival do Livro e da Literatura de São Miguel, atrações que mostraram por que os saraus têm poder transformador e têm influência que vai muito além da evolução cultural: os projetos têm poder para, entre outras coisas, transformar pessoas. Com dinâmicas diferentes, mas igualmente inclusivas, o Sarau […]

16 de dezembro de 2019

O Galpão ZL recebeu, durante a realização do Festival do Livro e da Literatura de São Miguel, atrações que mostraram por que os saraus têm poder transformador e têm influência que vai muito além da evolução cultural: os projetos têm poder para, entre outras coisas, transformar pessoas. Com dinâmicas diferentes, mas igualmente inclusivas, o Sarau Pretas Peri e o FemiSistahs evidenciaram que a função da arte vai muito além do entretenimento.

Formado por Jô Freitas, Juliana Jesus e Tayla Fernandes, o Sarau Pretas Peri realizou atividade na qual o microfone estava aberto ao público presente, que era formado por crianças na casa dos 10 anos. Pôde-se ver, durante o sarau, que elas estavam receosas e inseguras nos primeiros momentos, mas se soltaram conforme a dinâmica se desenrolava.

Durante a apresentação, um momento crucial para fazer a garotada sentir-se à vontade ocorreu quando uma criança decidiu cantar uma música, mas havia esquecido a letra. Em vez de ela estar intimidada com o fato, o trio organizador seguiu em frente com a letra – esse fato fez essa mesma criança voltar a cantar. Em resumo, o que poderia ter sido uma experiência potencialmente traumática para ela – e que abalaria a autoestima – passou a ter contornos positivos graças à intervenção de Jô, Juliana e Tayla.

Duas integrantes do Sarau Pretas Peri aparecem no palco do Galpão ZL durante atividade do Festival do Livro e da Literatura de São Miguel.

Sarau Pretas Peri (Léu Britto / Dicampana Foto Coletivo)

Este episódio está longe de ser um episódio pontual nas edições do Sarau Pretas Peri, independentemente da faixa etária. “O sarau tira a questão de hierarquia com o público e artista. Quando eles veem que há uma referência de pessoas parecidas com eles [no palco], esse já é um ponto. Na primeira vez em que a gente chamou as crianças ao palco, elas não queriam vir e estavam com vergonha. A gente percebe que é necessário haver um microfone aberto, pois elas estão experimentando falar pela primeira vez em público e ser protagonista de alguma maneira”, pontua o trio.

Já a Coletiva FemiSistahs, que realizou o Sarau Fecha com as Sistahs no Galpão ZL, promove debate sobre igualdade de gêneros por meio de intervenções poéticas, musicais e cênicas. O público que compareceu ao núcleo de prática local da Fundação Tide Setubal pôde conferir a dinâmica da atividade e a essência do trabalho da FemiSistahs: a promoção do protagonismo feminino.

“A gente percebe que [a proposta] é bem assimilada graças à participação das mulheres no evento: a pessoa pode chegar mais tímida, mas vê outras mulheres, que podem ou não ser artistas, e se sentem à vontade por estar em meio a outras mulheres, pois o microfone aberto é um momento em que você não precisa ser artista para participar”, destaca Mariana Mata, uma das idealizadoras da coletiva e organizadora do projeto.

A dinâmica acolhedora da FemiSistahs é evidenciada pelas atividades serem voltadas ao público feminino – a começar pelo surgimento da coletiva ter sido motivado pela falta de protagonismo e de espaço para elas em eventos nos quais a presença masculina é predominante. “Elas se sentem mais à vontade por estar entre mulheres, e se sentem acolhidas e menos expostas a julgamentos. Os homens que estiverem no espaço ouvirão a mensagem o tempo inteiro, onde eles poderão prestigiar o trabalho de mulheres”, ressalta Mariana Mata.

Afinal, o que é cultura?

Durante a atividade do Sarau Pretas Peri, o trio à frente do evento contou também com participação do poeta e slammer MC Beká, que declamou rimas engajadas e relativas ao cotidiano das crianças presentes em meio ao ritmo do funk 150 BPM, cujo ritmo é acelerado para 150 batidas por minuto – esse é o porquê da sigla BPM.

Inclusive, a participação de Beká incentivou a garotada a subir em peso ao palco do Galpão ZL e a sentir-se também protagonista do sarau. Em meio à discussão sobre o panorama atual relativo ao funk, o trio do Sarau Pretas Peri é categórico: “funk é cultura, sim. A gente vai trazer pessoas da quebrada para mostrar que existe funk consciente e que faz parte da vivência [das crianças do território] – não dá para excluí-lo.”

O trio considera que, mesmo havendo limites sobre até em que ponto a mensagem contida nas letras é benéfica para as crianças e adolescentes que têm contato com o funk, o ritmo funk é uma porta de entrada para demais manifestações artísticas. “Quando você procura proximidade com o adolescente, é necessário um ponto de empatia, pois eles enxergam referências. O funk possibilita a eles existir como realmente são, e quando eles falam que aquilo se parece com eles, eles têm onde se agarrar.”

De qualquer maneira, qualquer sejam o ritmo e a estética, o objetivo principal do Sarau Pretas Peri é, quando se fala no público infanto-juvenil, promover o contato deles com a arte e a cultura. “O sarau na quebrada entrega responsabilidade para as crianças até mesmo pelo senso de autonomia, e precisamos nos organizar para as coisas acontecerem. Mas, mais do que ser artistas, a gente quer que eles sejam seres humanos conscientes. Essa é a função da arte”, completam Jô Freitas, Juliana Jesus e Tayla Fernandes.

Duas integrantes do Femisistahs estão no palco do Galpão ZL durante atividade do Festival do Livro e da Literatura de São Miguel.

Microfone aberto e protagonismo feminino no Sarau Fecha com as Sistahs, do FemiSistahs (Léu Britto / DiCampana Foto Coletivo)

Parceiros respeitam espaços

Durante a realização do Sarau Fecha com as Sistahs, o protagonismo foi do público feminino, mas dois homens declamaram versos na reta final da atividade. Apesar participação masculina durante o evento no Galpão ZL, é importante citar que isso se tratou de uma exceção específica para aquela data. “Não costumam acontecer participações de homens. Os que apareceram foram exceções: eram meninos que participavam de slams e saraus, que haviam sido alunos da [integrante do FemiSistahs] Sabrina Lopes em uma oficina. Questionamos se não havia conteúdo machista, o que de fato não havia”, cita Mariana.

Apesar de destacar que os caras não têm espaço para falar, isso está longe de significar que devam se manter afastados dos eventos. Pelo contrário: eles são bem-vindos. “A participação masculina não é proibida nos nossos saraus e eles ficam como espectadores. A gente entende que dessa forma eles podem ser aliados, pois é importante que eles ouçam. Precisamos falar para quem reproduz machismo, e a presença deles é importante, mas em lugar de escuta e de reflexão. [Esperamos] que eles possam tirar proveito do que ouviram e que isso reverbere em mudanças de atitudes deles”, finaliza Mariana Mata.

Por Amauri Eugênio Jr. / Fotos: Léu Britto / DiCampana Foto Coletivo

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