Fundação Tide Setubal
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Mobilização gera conquistas para comunidade de São Miguel Paulista

@Comunicacao

23 de julho de 2010
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Buscando o desenvolvimento sustentável de São Miguel Paulista e a conexão do território com a cidade, a Fundação Tide Setubal tem atuado fortemente na articulação entre lideranças locais, comunidade e poder público. Um dos exemplos deste trabalho é o envolvimento na implementação do projeto de revitalização do Mercado Municipal de São Miguel Paulista Dr. Américo Sugai. Outro é o apoio constante à comunidade do Jardim Lapenna na defesa de direitos, como o acesso à saúde. Em ambas as frentes, importantes avanços se concretizaram neste mês de julho.

 

 

Revitalização do Mercado

 

No dia 16 de julho, o Movimento Nossa Zona Leste, que tem apoio da Fundação, e o Fórum Pró-Revitalização do Mercado Municipal de São Miguel Paulista Dr. Américo Sugai promoveram um encontro público no auditório da Escola Estadual Dom Pedro I para apresentar à comunidade o projeto de revitalização do Mercado Municipal. Participaram do evento cerca de 70 pessoas. Além de moradores e lideranças locais, estiveram presentes representantes do poder legislativo, como o deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP) e o deputado estadual Simão Pedro (PT/SP); permissionários do Mercado; e integrantes da Associação Comercial de São Miguel Paulista e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da região.

 

A proposta de revitalizar o Mercado ganhou força a partir de um projeto elaborado em 2008 por moradores, reunidos pelo Núcleo de Formação de Lideranças da Fundação Tide Setubal. Com base na idéia do grupo, que resgatou um antigo sonho, o arquiteto Ruy Ohtake desenvolveu e doou o projeto à comunidade. “Esse projeto é fruto de uma parceria entre os diferentes segmentos da sociedade e já está em andamento. Aconteceu porque há uma união de esforços”, ressaltou Maria Alice Setubal, presidente do Conselho da Fundação Tide Setubal, durante a abertura do encontro.

 

 

Conexão com a cidade

 

A execução total do projeto está estimada em R$ 10 milhões. Os custos ficarão por conta de recursos federais e da Prefeitura de São Paulo. O Ministério do Turismo já empenhou R$ 1 milhão. O movimento em prol do Mercado continuará mobilizado para que haja mais recursos e pressionará o poder público para que as obras se concretizem. “Não é uma simples reforma externa. A revitalização é algo bem mais amplo. É preciso compreender seu alcance e os muitos benefícios que trará para São Miguel e seu entorno”, comentou Sueli Kimura, presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Social e Humano (IPEDESH) e participante do grupo do Núcleo de Formação de Lideranças.

 

Em sua exposição do projeto à comunidade, Ruy Ohtake lembrou que o Mercado faz parte do patrimônio social e cultural de São Miguel e da cidade de São Paulo e que sua melhoria também fortalece a cidadania dessa população. Além de contribuir para o abastecimento local e para geração de renda, a revitalização busca tornar o Mercado “um ponto importante no roteiro cultural e turístico da cidade”, disse.

 

Seguindo essa linha, o projeto prevê espaços para atividades culturais, educacionais e de convivência, como salas multifuncionais, café-teatro e praça de alimentação. Numa área específica, serão acomodados os vendedores ambulantes, que hoje mantêm barracas em frente ao Mercado. Ainda sem previsão de conclusão, o projeto deve ter três fases de implementação. A primeira será a reforma da fachada.


 

Saúde e desenvolvimento territorial

 

A mobilização social resultou em outro benefício para população de São Miguel Paulista. Há quase vinte anos a comunidade do Jardim Lapenna busca o acesso à saúde, reivindicando principalmente uma Unidade Básica de Saúde no território. No dia 5 de julho, mais de cem moradores foram à Secretaria Municipal da Saúde cobrar essa demanda. Conquistaram a implementação do Programa Saúde da Família (PSF) para o atendimento da população. Os profissionais do PSF acompanharão determinado número de famílias, atuando na promoção, prevenção e recuperação da saúde da comunidade.

 

“Por enquanto, os moradores serão atendidos por essa equipe e encaminhados as Unidades Básicas de Saúde da Vila Jacuí e União de Vila Nova, mas somente até instalarmos um posto aqui”, explicou Edjane M. Torreão Brito, coordenadora da Atenção Básica da Secretaria da Saúde. Ainda não há previsão para a construção da UBS.

 

Para Tião Soares, coordenador de cultura da Fundação Tide Setubal, o PSF é resultado de um fórum permanente, conhecido como Reunião do Povo do Jd. Lapenna, União de Vila Nova e Sítio Mirim, por meio do qual a comunidade debate demandas e traça caminhos de aproximação com o poder público em busca de melhorias na qualidade vida desses locais.

 

Além de desenvolver projetos na região, a Fundação busca engajar os moradores na resolução dos seus problemas. “Estimulamos a democracia participativa e o envolvimento popular. Os moradores são os atores deste processo e têm o poder para pressionar o poder público. Temos de garantir não só o Posto, mas outras demandas. É um trabalho de obstinação”, declarou.


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