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Moradores do Jardim Lapenna reivindicam melhorias no bairro em ação da TV de Rua

@Comunicacao

26 de outubro de 2009
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No domingo, dia 25 de outubro, o Largo Roland Berigan foi palco de uma ação cidadã inédita: cerca de 150 moradores no Jardim Lapenna, em São Miguel Paulista, se reuniram com representantes da administração pública e especialistas para discutir problemas do bairro, tais como a falta de iluminação pública, coleta seletiva de lixo e saneamento básico.

 

A iniciativa partiu dos líderes locais e dos jovens do Núcleo de Comunicação Comunitária (NCC) São Miguel no Ar, da Fundação Tide Setubal, e é parte de um movimento coletivo maior de revitalização dessa área. Os habitantes do Jardim Lapenna, até um ano atrás, sofriam com a falta de coleta básica de lixo porta a porta. Apoiada pela Fundação Tide Setubal, por meio do Programa Ação Família São Miguel, a comunidade se engajou e formou uma comissão de moradores para mobilizar o poder público e outros integrantes da comunidade e, assim, conseguiu que um minicaminhão passasse a percorrer as vielas e a coletar o lixo, melhorando as condições sanitárias.

 

Com início às 19h, a TV de Rua foi exibida como um telejornal, e toda a programação teve transmissão simultânea ao vivo, com projeção feita nos muros da vizinhança, e participação da população.

 

Para José Luiz Adeve, o Cometa, coordenador do NCC, a função da TV de Rua é dar voz ativa à comunidade, permitindo aos moradores expor reivindicações e propor soluções de maneira direta às autoridades competentes. “Dessa forma, a TV de Rua estimula a participação de todos no processo de desenvolvimento local sustentável e também promove o surgimento de novos líderes comunitários”, salientou Cometa.

 

Outro objetivo, segundo o coordenador, é que os moradores também passem a se apropriar da linguagem midiática para instrumentalizar o olhar sobre o próprio bairro e, assim, promovam a melhoria da comunidade a partir da atuação cidadã.

 

 

Benfeitoria coletiva e futura

 

A líder comunitária Deise Batista de Souza Santos, 47 anos, comerciante e moradora do Jardim Lapenna desde a década de 1970, contou que decidiu participar da TV de Rua porque acha importante que todos os moradores se conscientizem das coisas que eles próprios já fizeram pelo bairro, das que estão fazendo e das que ainda farão. “E a melhoria não é só para nós, aqui, hoje, mas também para nossos filhos e netos, no futuro, amanhã”, completou.

 

Para o ajustador mecânico aposentado Tarcísio Francisco da Silva, 59 anos, morador do Jardim Lapenna desde 1990, a TV de Rua auxiliou o crescimento do bairro. “É uma oportunidade para falar diretamente com quem pode nos ajudar a ter mais iluminação nas ruas, mais limpeza no bairro, canalização de esgotos, entre outras reivindicações antigas, como um posto de saúde”, enumerou. “Agora, com a ajuda da TV de Rua, parece que as autoridades vão fazer um bom trabalho no Jardim Lapenna. Será uma benfeitoria para todos nós.”

 

 

Mesas de debate

 

A apresentação da TV de Rua ficou a cargo dos jovens Kleber William, Maikelly de Sousa e Raymara Marquês, do NCC, com mediação do educador Cometa. Foram duas mesas de debate:

 

 

1) Mesa Córrego Limpo e Coletor Tronco, com a participação de Wildes Batista Rocha, engenheiro da Sabesp; Cosme Evaristo do Santos e Sônia Aparecida de Souza, moradores do Jd. Lapenna; eRonaldo Delfino de Souza, do Movimento Terra Livre (que trabalha questões sociais e urbanas), que discutiu as desapropriações relativas ao Parque Linear;

 

2) Mesa Reduzir, Reutilizar e Reciclar, com a a moradora Deise Batista Souza,  a pesquisadora de opções energéticas domiciliares Sônia Maria Ribeiro, diretora da cooperativa de reciclagem Coperson, e com Osvaldo Dias, presidente da Coperson. Antes das falas, os moradores assistiram a um vídeo educativo sobre coleta de lixo.

 

 

Em seguida, foi exibido um vídeo com entrevista do técnico Milton Paixão, assessor do gabinete da Subprefeitura de São Miguel Paulista, responsável pelas questões de iluminação pública. Como não poderia participar presencialmente, ele foi entrevistado pelo morador Tarcísio Francisco da Silva sobre o pedido de iluminação pública local feito em maio e ainda não realizado. O técnico se predispôs a acompanhar o processo mais de perto.

 

Cada mesa durou cerca de 30 minutos, e foi seguida de mais cinco minutos de perguntas abertas ao público, quando os jovens repórteres do NCC fizeram entradas ao vivo, na própria praça, ouvindo os questionamentos dos moradores. Durante os intervalos, foram exibidos comerciais educativos sobre temas da comunidade, como liderança, cursos de culinária, coleta seletiva, entre outros. Os 32 jovens do NCC estiveram envolvidos de diferentes formas na atividade, sendo responsáveis pela produção, organização, gravação e transmissão do evento.


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