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Mundo Jovem realiza encontro para ampliar debate sobre temas da juventude

@Comunicacao

16 de maio de 2011
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No sábado, 14 de maio, o Núcleo Mundo Jovem realizou o 1º Fórum de Debates sobre Adolescência e  Juventude: Desafios e possibilidades. A proposta nasceu com o objetivo de integrar professores, educadores de organizações não-governamentais e estudantes da Unicsul. “Queremos também fortalecer as reflexões sobre os temas mais complexos, abordados nos encontros do Mundo Jovem, reunindo os participantes dos diferentes grupos”, explica Viviane Hercowitz, coordenadora do núcleo.

 

Nesta primeira edição, cerca de 30 pessoas debateram o Mundo do Trabalho com Marcelo Afonso Ribeiro, doutor em psicologia social e do trabalho pela USP, Zoraia de Cássia Santana, psicóloga e coordenadora do Programa de Educação para o Trabalho (PET), SENAC Itaquera e Judith Terreiro, responsável por projetos da coordenadoria de Ensino Médio e Técnico do Centro Estadual de Educação e Tecnologia Paula Souza.

 

Na abertura do encontro, Zoraia abordou as frentes de trabalho do programa do Senac. Durante quatro meses, os jovens participam de encontros que buscam desenvolver aspectos fundamentais para a entrada no mercado de trabalho. Segundo ela, o curso ajuda o jovem a se desenvolver e a “vender” suas habilidades. Zoraia destaca, porém, que existem características e valores, fundamentais para um profissional, a serem trabalhas ao longo da vida. “Precisamos pensar qual é o papel da escola, da família para a formação desse jovem. Autonomia e responsabilidade, por exemplo, são fundamentais para um profissional. Mas não podemos esperar a hora de conseguir um emprego para pensar nisso”

 

Ao abordar o mundo do trabalho, Marcelo Ribeiro destaca a multiplicidade do mundo do trabalho e da juventude. São mundos e opções diferenciadas para diferentes jovens. O fundamental é criar espaços e condições para reflexões sobre as escolhas e os caminhos para concretizar um plano de ação. “Ter um emprego é um mundo, mas será que todos querem ter um emprego? E se eu quiser ter um negócio próprio?”

 

Correr atrás do que se quer exige planejamento e não é preciso querer apenas uma coisa na vida. “O sonho vira desalento quando investimos em uma única opção. Precisamos estar abertos para novas alternativas”. Marcelo destaca a importância de ter espaços para reflexão sobre essa construção. “Não há uma resposta única. E podemos querer mais do que uma coisa na vida. É preciso pensar nas etapas. Refletir sobre o que quero, o que posso, o que é possível”

 

Fernando Souza, educador do CEC Ademir de A. Lemos, citou seu exemplo na abordagem feita por Marcelo. “Muita gente critica o telemarketing, mas quando consegui um emprego nessa área, pensei: esse emprego vai me dar condições financeiras para o sonho de ser educador. Não era o melhor trabalho do mundo, mas olhei para aquilo como uma passagem”, conta.

 

Judith Terreiro trouxe para o debate uma dessas alternativas na construção desse percurso: os cursos técnicos, oferecidos pelo Centro Paula Souza. Existe uma lacuna de profissionais técnicos e esse pode ser um caminho interessante para uma carreira. “É preciso acabar com o preconceito em relação ao ensino técnico. Hoje, ele une a teoria e a prática e forma profissionais completos. Existem pessoas que fizeram curso superior e agora estão em formação técnica. A escola técnica é uma oportunidade para o mercado, pois está diretamente ligada a ele”


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