Fundação Tide Setubal
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Oficina de Fotografia Documental incentiva pesquisa sobre o bairro

@Comunicacao

26 de julho de 2011
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Em 6 de julho, começou mais uma edição da Oficina de Fotografia Documental, promovida pelo Centro de Pesquisa e Documentação (CPDOC), projeto da Fundação Tide Setubal voltado à produção, circulação e preservação do acervo do patrimônio imaterial do bairro de São Miguel Paulista, na zona leste da cidade. As atividades de formação, abertas e gratuitas a todos os interessados, inserem-se nas estratégias de atuação do CPDOC para ampliar seu acervo e estimular os moradores na construção da memória social da localidade.

 

Em onze encontros, os participantes terão oportunidade de discutir a relevância da fotografia como documento, a partir dos eixos temáticos: desenvolvimento local e meio ambiente. Também vão conhecer mais sobre o trabalho de fotógrafos que se destacaram neste segmento, como o brasileiro Sebastião Salgado. Expedição e saídas fotográficas pelo bairro integram ainda o cronograma do curso.

 

“Uma sequência de imagens pode trazer a narrativa das transformações urbanas. Esse é um exemplo do que debatemos na oficina”, explica Mauro Bonfim, coordenador do CPDOC. “Nossa proposta não é ensinar técnicas fotográficas, mas incentivar os participantes a fotografar com uma intencionalidade, promovendo também a pesquisa do que está em foco”, complementa.

 

Para estimular esse novo olhar sobre São Miguel, os alunos da Oficina, após o quarto encontro, escolhem um tema relacionado à história do bairro, levantam dados, elaboram um roteiro e saem para as fotos. No fim do curso, o conjunto se transforma num foto-livro do grupo. O material segue para o acervo do CPDOC, onde fica à disposição para pesquisa.

 

 

Mutiplicação de conhecimento

 

Juliana Rita Magalhães, de 29 anos, moradora de São Miguel Paulista e professora de História, é uma das integrantes da Oficina de Fotografia Documental. No semestre anterior, ela participou do módulo Fotografia e Memória, para ter mais contato com o CPDOC, porque realizava pesquisa sobre o bairro para uma monografia de pós-graduação. “Tive uma série de ideias para meu trabalho. Acredito que essa nova etapa contribuirá ainda mais. O diálogo é sempre muito rico nos encontros”, assinala.

 

A professora destaca ainda a importância da iniciativa do CPDOC para São Miguel: “Com as oficinas, as pessoas conseguem conhecer a história do local em que vivem e percebem que fazem história. Isso proporciona o crescimento pessoal e também fortalece a consciência de cidadania”.

 

No colégio onde leciona, Rita deseja criar um projeto de história oral com os alunos do ensino médio, que devem entrevistar moradores da região, registrar imagens e também criar um foto-livro. “Quero levar um pouco do que aprendi aqui para a sala de aula”.

 

 

Confira a seguir os depoimentos de outros participantes da Oficina.

 

“É a primeira vez que participo de uma atividade do CPDOC. Não sou produtor de fotos, gosto é de estudá-las. Na minha tese de doutorado, trabalho com fotografia. Além disso, quero me integrar mais ao bairro, onde moro há dois anos. Sou de Fortaleza. Quem vem de fora nunca pertence totalmente a um novo local, está sempre em trânsito. Quero mudar essa lógica.”

 

Antonio Zilmar da Silva, 31 anos, professor de história e morador de São Miguel Paulista.

 

 

“Fiz a inscrição na oficina, porque gosto de fotografia. Chamou minha atenção o fato de podermos conhecer mais sobre a região. Não quero saber só do presente, mas do nosso passado também. Acredito ainda que colocarei algumas lições em prática no blog que mantenho sobre o Clube Escola Curuçá e entorno.”

 

Cirlene Braulino, 57 anos, auxiliar administrativa do CDC Curuçá e moradora do Itaim Paulista

 

 

“A proposta da Oficina agrega à minha formação em jornalismo e aos meus interesses sobre meio ambiente. Quero atuar como fotojornalista em pautas ambientais. Fiquei surpresa quando coloquei o pé aqui. Observei a organização e a qualidade da abordagem das atividades. O professor também fala com conhecimento de causa. Estou animada para documentar nossa realidade.”

 

Samantha Henzel, 30 anos, estudante de jornalismo e moradora de Itaquera


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