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Saraus na periferia: resgate da cultura popular

A quarta e última mesa de debate da 4ª Feira do Livro do CDC Tide Setubal com o tema Espaço, Tempo e Pluralidades: a Poética Socioambiental reuniu o poeta Binho (idealizador do Sarau do Binho), o escritor Ferréz (fundador da 1DASUL), o poeta e escritor Gilberto Braz (ex-integrante do Movimento Popular de Arte) e do […]

11 de novembro de 2009

A quarta e última mesa de debate da 4ª Feira do Livro do CDC Tide Setubal com o tema Espaço, Tempo e Pluralidades: a Poética Socioambiental reuniu o poeta Binho (idealizador do Sarau do Binho), o escritor Ferréz (fundador da 1DASUL), o poeta e escritor Gilberto Braz (ex-integrante do Movimento Popular de Arte) e do poeta Sérgio Vaz (idealizador da Cooperifa). A mediação foi realizada pela poetisa Bianca Costa. Na abertura, destaque para a história de cada um na relação com a literatura e a poesia e os desafios de trabalhar essa linguagem na periferia de São Paulo.

Para o escritor Ferréz, as histórias dos convidados são parecidas. “Todos nós aqui meio que forçamos o pessoal a ler a e gostar de poesia”, disse, bem-humorado. “Nos invadíamos shows de rap, de funk e de samba, para falar de literatura, fazer poesia e, assim, embora tenha demorado uns dez anos, a comunidade começou a se acostumar e a gostar de poesia”. Segundo ele, foi assim que os poetas da periferia ganharam respeito, falando de literatura de forma simples, com linguagem popular, aproximando a poesia da comunidade. “A literatura e a poesia dão discernimento às pessoas, dão vontade estudar e conhecer mais as coisas. Esse é o ponto mais importante para nós”.

O poeta Binho, que em 1999 lançou de forma independente seu primeiro livro, Postesias, afirmou que essa transformação é notória. “Muita gente se interessou pela literatura até para compor melhor as canções, as rimas e as letras do rap, que, aliás, significa ritmo e poesia [rhythm and poetry, na expressão em inglês]”, disse. Segundo ele, esse interesse também se traduz em respeito e valorização do trabalho realizado nos saraus da periferia. “Tem gente que gosta de punk e está lá, tem gente que gosta de samba e está lá, tem gente que gosta de poesia mesmo e exatamente por isso também está lá, e todo mundo se respeita”, explicou. “Então, é um lugar onde as divergências se encontram e se respeitam”.

Na década de 1980, quando o Movimento Popular de Arte organizou uma série de atividades culturais e políticas em São Miguel Paulista, o poeta Gilberto Braz já participava dos saraus no bairro. “A nossa cultura popular vem passando ao longo dos anos por momentos difíceis, principalmente em função da resistência da mídia em relação à periferia”, analisou. “Os movimentos culturais nos bairros acabam sendo ofuscados pela cultura de massa”, afirmou. De acordo com Gilberto Braz, que recentemente tem participado do Sarau Autoria Jovem, no CDC Tide Setubal, “a retomada dos saraus na periferia é uma forma de resistência a essa ideia e também uma maneira de reafirmar a identidade cultural do nosso povo”, disse.

Outro exemplo concreto é o Sarau da Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia), idealizado pelo poeta Sérgio Vaz e realizado há oito anos na zona sul de São Paulo, mais especificamente no Bar do Zé Batidão, na Chácara Santana. “A minha relação com a poesia vem da infância, porque o meu pai, apesar de simples, adorava ler e me influenciou”, contou Sérgio Vaz. “Assim, a literatura foi me encontrando. E, hoje, ser poeta é uma forma de dizer que trabalho sem trabalhar”, ele brincou com a plateia. “Esse movimento da Cooperifa começou em 2001, e estamos aí até hoje”.

Sérgio Vaz contou também que chegou a participar de coletivos [reuniões] de poetas, mas os participantes “eram, e são, extremamente egocêntricos, só ficam rasgando elogios uns para os outros, aquela coisa arrogante que a literatura, infelizmente, também produz”. Como não se sentia à vontade nesse ambiente, resolveu criar a Cooperifa “para comungar a palavra e a literatura sem essa coisa ‘intelectualóide’ que afasta as pessoas da poesia”, explicou. “Eu quis levar a literatura para o bairro, para o bar, para tomar pinga com a gente”.

Depois dessa apresentação, os ouvintes puderam fazer perguntas e também ouvir algumas poesias na voz dos próprios poetas. O objetivo dessa mesa de debate foi mostrar como a periferia também é parte da cidade, e não apenas como espaço de criminalidade e violência, mas de cultura, educação e literatura.

A leitura crítica foi realizada pelas jovens Catarina Ferreira Miranda e Daiana da Costa, do Núcleo de Formação Sociocultural, projeto da Fundação Tide Setubal que trabalha a linguagem teatral com adolescentes de São Miguel Paulista. Segundo Daiana “todo mundo gosta ler, afinal é uma coisa maravilhosa, pois abre horizontes, você amplia seus conhecimentos através da leitura”. Catarina concorda, ” não é verdade que pessoas não gostam de ler, como muitos dizem, acredito que seja apenas a falta de oportunidade de encontrar um livro com que a pessoa se identifique. Eu me identifico com a literarura de periferia, pois é simples e fácil de compreender”.

Após o debate, plateia e convidados se reuniram na tenda central de livros para um sarau, com muito mais poesia e literatura.

Esse encontro foi transmitido ao vivo pela internet, no blog do CPDOC (http://cpdocsaomiguelpaulista.blogspot.com/), e atualizado online no Twitter (twitter.com/tidesetubal).

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